UTI do Hospital do Gama abre mais seis leitos

Medida vai beneficiar, por ano, cerca de 144 pacientes críticos

Com as aquisições, atendimento permite menor tempo de espera aos pacientes | Foto: Breno Esaki.
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional do Gama (HRG) abriu mais seis leitos após a chegada de novos desfibriladores e monitores. Com as melhorias alcançadas pela manutenção predial e o empenho do GDF em garantir assistência de qualidade à população, a unidade hospitalar voltou a funcionar na sua capacidade máxima, de 20 leitos.​

“Reabrir esses leitos significa que a Secretaria de Saúde está promovendo uma melhor assistência à população, ainda mais em uma área tão importante como a UTI”, afirma a secretária-adjunta de Assistência à Saúde, Lucilene Florêncio. “Temos uma fila sob responsabilidade da regulação; e, quanto maior a entrega de leitos, menor será a espera dos pacientes.”

Atenção integral

Uma das beneficiadas com os investimentos no HRG é a aposentada Ozenita dos Santos, de 72 anos. Moradora de Ceilândia, a paciente precisou ser internada devido ao avanço de uma doença pulmonar crônica. Na UTI, ela recebe o atendimento humanizado, oferecido pela equipe de saúde, com direito até a ganhar trancinhas no cabelo. “Os profissionais daqui são muito atenciosos. Só tenho a agradecer a Deus”, elogia.

Ozenita está em um dos quatro leitos reativados recentemente na UTI. Eles se encontravam parados há quase dois anos por falta de dois desfibriladores e quatro monitores para verificar os sinais vitais. Com os equipamentos, doados pelo Ministério da Saúde, a equipe do setor estima ser possível atender nos quatro leitos, em média, 144 pacientes por ano, triados pelo Complexo Regulador da Secretaria de Saúde.

Esforço conjunto

Os outros dois leitos reativados no HRG estavam a ponto de ser fechados, mas, graças a um trabalho de gestão, o cenário mudou a partir do primeiro semestre. Enquanto um deles precisava apenas da troca de uma simples lâmpada, outro foi reaberto após a manutenção predial realizada no HRG resolver uma infiltração que afetava exatamente o espaço reservado à maca. Desta forma, foi possível garantir mais acomodações aos pacientes.

“Temos uma demanda reprimida e judicializada crescente, para atender tanto o DF quanto o entorno”, explica o superintendente da Região de Saúde Sul, Alan Ulisses. “A abertura de mais seis leitos na UTI significa diminuir essa judicialização, garantir mais acesso ao usuário e melhorar o atendimento na rede pública.”

Cinco colchões para maca hospitalar foram adquiridos e mais quatro desfibriladores foram consertados pela equipe técnica da Secretaria de Saúde (SES). Com a ampliação da assistência, todos os 20 leitos da UTI ficaram à disposição dos pacientes, atendidos por equipes multidisciplinares que incluem médicos intensivistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas.

Carga horária

Garantir o atendimento também era um passo essencial à continuidade do serviço. Por isso, a carga horária dos profissionais de saúde que atuam na unidade foi ampliada. Inicialmente, dez técnicos de enfermagem estão atuando por Trabalho em Período Definido (TPD) na UTI. O objetivo é assinar a ampliação da carga horária deles de 20 horas para 40 horas.

Isso será possível porque a SES ampliou a carga horária de 328 servidores da pasta para 40 horas semanais de trabalho. Com isso, mais 6.560 horas de atendimento serão ofertadas por profissionais de diversas especialidades, em todo o Distrito Federal.

Mais leitos

Em agosto, a SES recebeu, 80 monitores e 47 desfibriladores doados pelo Ministério da Saúde. Além do HRG, na primeira etapa das entregas dos equipamentos, serão contemplados também o Hospital da Região Leste (antigo Hospital do Paranoá), onde deverão ser reabertos cinco leitos, e o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), que terá quatro leitos pediátricos reativados.
Edilayne Martins

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