Foto Karolina Grabowska |
Vacina contra a tuberculose evita milhares de mortes no mundo anualmente
Conhecida como BCG, a imunização, que pode deixar uma pequena cicatriz no braço, protege contra a tuberculose
A maioria das pessoas tem uma marquinha, em geral
no braço direito, desde a infância. Esse “carimbo” mostra que a pessoa foi
imunizada com a BCG (Bacillus Calmette-Guérin) nos primeiros dias de vida. A
aplicação serve para proteger o ser humano da tuberculose e alguns casos de meningite.
O imunizante é encontrado na rede privada e no Sistema Único de Saúde
(SUS). O dia primeiro de julho marcou a passagem do Dia Nacional da Vacina
BCG.
“A vacina BCG serve para defender o nosso organismo
contra uma bactéria que gera a doença infecciosa que é a tuberculose, que pode
desenvolver em qualquer lugar do organismo. O mais comum é acontecer no pulmão,
mas existem formas graves de manifestação, como a meningite tuberculosa e
tuberculose miliar”, explica a pediatra da Maternidade Brasília Sandi
Sato.
A pequena cicatriz que fica é fruto da reação
inflamatória do organismo à bactéria inativada contida na vacina, a
Mycobacterium bovis. Essa bactéria é a que causa a tuberculose. Entretanto,
algumas pessoas não possuem a marca e isso não quer dizer que não tenham sido imunizadas.
Na verdade, com o avanço da tecnologia na medicina, hoje é possível encontrar
vacinas que não provocam a reação.
A pediatra ainda destaca que a imunização com a BCG
deve ser feita nos primeiros dias de vida. Em alguns casos, a vacina pode ser
aplicada até os cinco anos. Entretanto, a recomendação deve vir de um médico
especialista. De acordo com Sandi Sato, mais de 40 mil mortes no mundo são
evitadas por meio da vacinação contra a tuberculose. Vacinação em dia
Para a pediatra
e Diretora Médica do laboratório Cedic Cedilab Natasha Slhessarenko, é muito
importante manter uma carteira de vacinação completa para proteger contra
diversas doenças. Muitas delas estão disponíveis na rede pública de saúde, como
a própria BCG, mas é possível encontrar nos laboratórios privados várias opções
para complementar a proteção.
“Existem
vacinas que não estão disponíveis pelo SUS, como a meningocócica B, que previne
contra alguns tipos de meningite e infecções generalizadas”, conta Natasha
Slhessarenko. “Outro exemplo, é a pneumo 23, que tem indicações precisas para
proteger contra certos tipos de pneumonia em idosos ou pessoas com complicações
secundárias. Mesmo as vacinas anuais contra a gripe possuem diferenças nas
doses da rede pública e da privada: enquanto na pública ela costuma proteger
contra 3 cepas da doença, na rede privada está disponível uma versão mais
completa, que protege contra 4 cepas da gripe”, finaliza.
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