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Uso do aplicativo já foi iniciado em unidades da capital paulista
Uma ferramenta desenvolvida em parceria entre uma instituição        de pesquisa privada e o Ministério da Saúde mede a vulnerabilidade        econômica e social das famílias que usam o Sistema Único de Saúde        (SUS). A Escala de Vulnerabilidade Social foi produzida por        pesquisadores do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert        Einstein.
      Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
      Por meio de um questionário de 14 perguntas, que pode ser        aplicado pelo profissional de saúde ou respondido diretamente pelo        paciente, é possível identificar o grau de vulnerabilidade das        pessoas que utilizam o serviço público.
      São perguntas relativas a dimensões de renda, cuidado em saúde,        família e violência. A partir das respostas, é possível        classificar as famílias em graus de vulnerabilidade baixa,        moderada ou alta.
      "Nas unidades básicas, a gente precisa conhecer todo o        território e as vulnerabilidades desse território, para pensar nas        estratégias de acesso", explica Marcio Paresque, gerente de        projetos do Einstein.
      "Isso é importante para que o profissional de saúde possa ter        essa leitura tanto no âmbito de prevenção quanto no assistencial.        Uma coisa é ter uma família sem vulnerabilidade com um hipertenso.        Outra coisa é ter um hipertenso em família em alta        vulnerabilidade.
      A aplicação da Escala de Vulnerabilidade Social já foi iniciada        em unidades municipais das regiões de Campo Limpo, Vila Andrade e        Paraisópolis, na capital paulista, que têm cerca de 100 mil        famílias cadastradas.
      Ali, constatou-se que 12,6% das famílias atendidas apresentam        vulnerabilidade moderada e 7,67% vivem em vulnerabilidade alta.
      A sugestão é que a ferramenta seja usada em outras unidades do        SUS em todo o Brasil. Segundo Paresque, a Prefeitura de Boa Vista,        em Roraima, já anunciou a adoção da escala e o estado do Paraná        sugeriu aos seus municípios que passem a adotá-la.
      A escala foi desenvolvida como parte do Programa de Apoio ao        Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde        (Proadi-SUS), uma parceria do Ministério da Saúde com seis        hospitais sem fins lucrativos brasileiros, criada em 2009, com o        propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de        capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e        incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada.
    



