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| Plataforma AgroBrasil+Sustentável é apresentada a ministérios e instituições ligadas ao setor produtivo - Foto: MAPA / Divulgação | 
Ferramenta irá contribuir com a transparência dos processos produtivos e com a redução de riscos e custos em toda a cadeia de valor
Por: Mistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) | Edição: Ailane        Silva
      Com o objetivo de discutir soluções para o setor          agroexportador brasileiro diante dos desafios apresentados pela          Lei Antidesmatamento da União Europeia (UE), o Ministério das          Relações Exteriores (MRE) reuniu, nesta semana, representantes          de quatro ministérios e presidentes das associações ligadas aos          setores agropecuários afetados pela medida. Durante os encontros          foi apresentada a Plataforma AgroBrasil+Sustentável, ferramenta          desenvolvida pelo Mistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que          disponibilizará informações organizadas, rastreáveis e          confiáveis sobre a produção agrícola sustentável, sendo uma          alternativa estratégica para que o produtor possa atender as          exigências do mercado europeu e dos demais.
        Em fase de elaboração pela Secretaria de Inovação,          Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do          Mapa, a Plataforma AgroBrasil+Sustentável será uma ferramenta          digital governamental voluntária, universal e gratuita. A          expectativa é de que os primeiros módulos estejam disponíveis em          julho deste ano, contribuindo com a transparência dos processos          produtivos e com a redução de riscos e custos em toda a cadeia          de valor.
        Nos dois dias de encontros, a secretária da SDI, Renata          Miranda e equipe ressaltaram a importância estratégica da          Plataforma para o país e para a inserção dos produtos          brasileiros nos mercados internacionais. "A partir da integração          e organização dos dados da base produtiva, a plataforma vai          possibilitar o acesso a uma série de serviços de habilitação a          políticas públicas ou a acesso de mercados internacionais, por          garantir transparência, credibilidade e rastreabilidade da          produção agropecuária", disse Renata.
        "Nossa primeira motivação para a elaboração da Plataforma foi          poder retratar, com exatidão, a sustentabilidade do agronegócio          brasileiro e, com isso, desfazer a imagem negativa do país, uma          vez que lá fora se costuma relacionar, erroneamente, nosso          progresso com o desmatamento. A segunda seria mitigar o efeito          da Lei Antidesmatamento, no que se refere à exclusão do pequeno          produtor, o que é muito preocupante do ponto de vista da          desigualdade e da questão de oportunidade ao longo do tempo",          relata a secretária.
        Presidida pelo embaixador e diretor de Política Comercial do          MRE, Fernando Meirelles, o primeiro dia de reunião (16), contou          com a presença de gestores e técnicos de diversas instituições,          entre elas a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e          Investimentos (ApexBrasil), a Associação Brasileira das          Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a Associação          Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a          Associação Nacional das Indústrias Exportadoras de Cacau (AIPC),          a Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma          (Abrapalma), o Conselho de Exportadores de Café do Brasil          (Cecafé), o Centro das Indústrias de Curtume do Brasil (CICB), a          Associação Brasileira de Embalagens de Papel (Empapel) e a          Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).
        Já no segundo dia (17), o encontro foi com gestores e          técnicos dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e          Agricultura Familiar (MDA), do Meio Ambiente e Mudança do Clima          (MMA) e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços          (MDIC), da Câmara de Comércio Exterior (Camex) que também          puderam conhecer e discutir a empregabilidade da Plataforma.          Participaram remotamente representantes das missões do MRE de          Bruxelas, Londres e Genebra.
        De acordo com o diretor do Departamento de Política Comercial          do MRE, o embaixador Fernando Pimentel, "é importante          estabelecer um canal de diálogo regular com a participação de          ministérios e do setor produtivo para avaliar os impactos da Lei          Antidesmatamento europeia, atualizar os participantes sobre          nossas ações junto à UE, compartilhar informações e apresentar          potenciais alternativas, como a plataforma, que vai auxiliar os          produtores nacionais a lidar com requisitos ambientais para          acessar mercados estrangeiros".
        Ao final, o entendimento foi que a ferramenta será          fundamental para que haja o monitoramento e o reconhecimento das          práticas sustentáveis já em curso na agricultura brasileira e          dos resultados obtidos a partir delas, não só pelo mercado          internacional, mas por todos os atores que atuam no setor.
      


