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| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil | 
Barbosa quer linhas especiais para perdas e danos por eventos extremos
Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
      O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)        terá que criar linhas de crédito especiais para perdas e danos        provocados pelas mudanças climáticas, segundo afirmou o diretor de        Planejamento e Estruturação de Projetos, Nelson Barbosa. Durante        evento global sobre financiamento climático, que reuniu        representantes de bancos de desenvolvimento e representantes de        governos do G20, ele defendeu linha de crédito para reconstrução        do Rio Grande do Sul.
      "Nesse momento, a gente enfrenta um novo desafio devido aos        eventos climáticos do Rio Grande do Sul, que irão requerer uma        linha de crédito especial para reconstrução. Já temos linhas para        mitigação e para adaptação, agora temos que pensar também em        linhas para cuidar de perdas e danos", destacou o diretor do        banco.
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| Rio Taquari subiu 24 metros nos últimos dias causando destruição na Cidades de Lajeado. Foto:Rafa Neddermeyer/Agência Brasil | 
Barbosa afirmou que, com a nova realidade, os bancos de        desenvolvimento também terão que enfrentar com outras realidades        dos eventos climáticos extremos como lidar com os efeitos dos        refugiados climáticos.
      "O volume dos recursos envolvidos e o prazo necessário tornam        inevitáveis uma participação mais direta do governo", disse        Barbosa. "O BNDES vai cumprir seu papel, de auxiliar o Ministério        da Fazenda e as demais autoridades regionais nessa reconstrução.
      Barbosa lembrou que o BNDES já administra o Fundo Clima,        mantido com recursos da União, para financiar a transição        climática no país, com juros subsidiados. Hoje o fundo conta com        US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões).
      De acordo com a secretária de Assuntos Internacionais do        Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, o montante necessário para        lidar com as mudanças climáticas já vem sendo discutido há anos.
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| A Embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Econômicos Internacionais, Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil | 
"Sabemos que teremos que ir de bilhões para trilhões. O        diagnóstico é muito claro, temos que avançar nas melhores formas        de lidar com o compartilhamento de riscos e na conexão de        diferentes instituições, locais ou globais, nacionais ou        subnacionais, e reunir recursos públicos e privados para atingir a        escala que necessitamos".
      Rosito também destacou o papel que os bancos multilaterais de        desenvolvimento terão nesse cenário.
    





