As eleições de 2026 estarão carentes de profissionais de marketing político especializados, empenhados e dispostos a vencer o desafio de projetar seus assessorados no lugar em que mais se disputa atenção na atualidade: as mídias sociais.
Quem deseja conquistar votos precisará abrir mão de técnicas e métodos tradicionais, e se aproximar dos eleitores levando em conta um contexto de entretenimento, agilidade e muita criatividade para transmitir suas mensagens ao eleitorado.
O papel de assessor de comunicação política nesse cenário
Nesse contexto quase caótico, o assessor de comunicação política ganha ainda mais relevância. Segundo Hellen Quida, jornalista e professora de marketing político, esse profissional atua na construção e manutenção da imagem dos candidatos. “A comunicação política não se resume a transmitir mensagens, mas sim a moldar narrativas que promovem a identificação do público com o político”, afirma Hellen.
De acordo com Hellen, alguns episódios que ocorreram na campanha eleitoral de 2024 evidenciaram a necessidade em se ter profissionais preparados para uma espécie de guerra fria nos meios digitais. “A geração de eleitores de 2026 é indiscutivelmente digital e conectada na web por várias horas ao longo dia. Para alcançá-la e engajá-la, é fundamental ter uma presença online consistente e que consiga unir o perfil do candidato com o que o eleitor deseja. Isso tudo em meio a trends, memes e virais. O uso estratégico das ferramentas tecnológicas é essencial para comunicar-se de forma eficaz com o eleitorado moderno”, ressalta Hellen.
Para se destacar neste mercado, o assessor de comunicação política vai precisar saber adaptar a mensagem para cada plataforma e assim construir uma campanha assertiva.
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Participações em eventos de comunicação política projetam carreira dos assessores |
Conteúdos que emocionam, informam e engajam
Criar conteúdos relevantes para o eleitorado é outra atribuição fundamental do assessor. “O assessor deve focar em pautas que despertem interesse e promovam debate, pois isso é determinante para a reputação do político”, enfatiza Hellen. Planejar um calendário de publicações e adaptar-se a eventos e notícias em tempo real ajuda a manter a comunicação do político sempre em evidência.
Monitoramento e adaptação constante
Outro ponto vital no trabalho do assessor é o monitoramento contínuo do cenário político e das reações do público. “Utilizar ferramentas de análise para mensurar alcance e percepção é essencial para ajustar estratégias ao longo do caminho”, ressalta a professora. Em um universo onde política e comunicação se transformam rapidamente, estar atento às tendências é o que garante o valor e a relevância desse profissional.
Habilidades e qualidades essenciais
Para ser bem-sucedido, um assessor de comunicação política deve ter discrição, ética e resiliência. “A ética é o alicerce que sustenta a credibilidade do assessor”, reforça Hellen. Além disso, a capacidade de prever cenários e elaborar ações estratégicas de longo prazo diferencia o assessor comum do profissional de excelência.
A profissão de assessor político é gratificante por permitir influenciar debates e construir uma conexão entre políticos e população de uma forma fidelizada. “Com planejamento, criatividade e dedicação, o assessor torna-se uma peça-chave no cenário político”, conclui Hellen. Afinal, o sucesso de um candidato reflete, em grande parte, o trabalho bem executado de quem o auxilia nos bastidores.
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Hellen QuidaJornalista e professora atuante na área de Comunicação Eleitoral e Marketing Político desde 2000. Hellen trabalhou como Coordenadora de programas de Rádio e TV para horário eleitoral, Assessoria de Imprensa e Coordenação de Gestão de Mídias Sociais em campanhas eleitorais e gestão de mandato.
Também atuou como redatora, repórter, direção de locutores e estrategista. Foi professora na Pós-Graduação da Faculdade Estácio de Sá.