Entorse no joelho: o que é e quando devo me preocupar?

 

Especialista alerta para sintomas que não devem ser ignorados e explica quando a torção exige cirurgia ou reabilitação intensiva


Movimentos bruscos, giros rápidos com o pé fixo no chão ou quedas durante a prática esportiva: esses são cenários típicos para uma torção no joelho. Embora comum, a lesão pode ser mais grave do que parece à primeira vista e, sem o tratamento adequado, levar a complicações de longo prazo.


O ortopedista Dr. Pedro Ribeiro, especialista em medicina esportiva, explica que a torção ocorre quando a articulação do joelho é forçada além de seus limites normais de rotação ou flexão. “O joelho é uma das articulações mais instáveis do corpo humano. Quando submetido a uma torção, há risco real de lesões em ligamentos, meniscos e até na cartilagem articular”, afirma.


Segundo ele, os sinais mais comuns após uma torção incluem dor aguda, inchaço nas primeiras horas e sensação de instabilidade. “Um dos sintomas mais característicos é o estalo no momento da lesão. Esse som pode indicar o rompimento de algum ligamento, principalmente o cruzado anterior, que é bastante vulnerável nesse tipo de trauma”, destaca.


Mesmo que o paciente consiga andar após o episódio, isso não significa que a lesão seja leve. “Muitas pessoas subestimam a torção porque ainda conseguem apoiar o pé. Mas isso não é um bom indicador. Já vi casos de ruptura total de ligamento em que o paciente só procurou ajuda dias depois”, conta Dr. Pedro.


Para confirmar o diagnóstico, exames de imagem são fundamentais. “A ressonância magnética é o principal exame para avaliar estruturas internas do joelho. Ela permite ver se houve lesão em ligamentos, meniscos ou outros tecidos, o que é essencial para definir o tratamento”, explica o especialista.


O tratamento pode variar bastante, de acordo com a gravidade da torção. “Casos mais leves, em que há apenas estiramento, podem ser tratados com repouso, fisioterapia e fortalecimento muscular. Já lesões ligamentares mais sérias exigem imobilização e, em muitos casos, cirurgia reconstrutiva”, pontua.


Dr. Pedro também faz um alerta sobre os riscos de não tratar a lesão corretamente: “Quando a pessoa não busca atendimento ou volta às atividades antes da reabilitação completa, o risco de novas torções e de artrose precoce aumenta muito. O joelho fica instável e vulnerável a danos progressivos”.


Por fim, o médico destaca a importância da prevenção, especialmente para atletas e praticantes de esportes de impacto. “Um bom trabalho de fortalecimento muscular e propriocepção é fundamental. Joelhos bem preparados aguentam melhor as exigências do movimento e ficam menos expostos a esse tipo de lesão”, conclui.

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