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Doação de córneas é essencial para reduzir a fila de espera e transformar vidas
O mês de setembro é marcado pela campanha “Setembro Verde”, que busca conscientizar a população sobre a doação de órgãos e tecidos. Entre 2015 e julho de 2025, foram realizados 150.376 transplantes de córnea no país, mas a fila de espera segue crescente, refletindo a importância da doação.
Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a população na fila é majoritariamente feminina (55,7%) e quase metade tem 65 anos ou mais, reflexo do envelhecimento da população e do aumento de doenças degenerativas da córnea. Jovens também estão na lista: 17% têm entre 18 e 34 anos, principalmente devido ao ceratocone, uma deformação da córnea que pode comprometer a visão. Atualmente, 458 crianças e adolescentes aguardam pelo transplante.
O Dr. Antônio Sardinha, oftalmologista do Hospital de Olhos de Cuiabá, destaca a importância da doação: “A córnea é um tecido transparente e protetor localizado na parte anterior do globo ocular, essencial para a qualidade da visão. Quando se torna opaca ou sofre danos que não podem ser tratados de forma convencional, o transplante é a melhor opção para restaurar a visão.”
Segundo Dr. Sardinha, diversos fatores podem levar à necessidade de um transplante, como doenças oculares, traumas e infecções que causam danos irreversíveis à córnea. Ele reforça que um transplante bem-sucedido pode recuperar mais de 90% da visão em casos de deficiência visual relacionada a esse tecido.
Dr. Sardinha ressalta que a falta de profissionais disponíveis para conversar com as famílias no momento da doação contribui para o aumento das listas de espera. “Em muitos casos, a demora ou a impossibilidade de obter a doação resulta na perda irreversível da visão de quem aguarda pelo transplante”, afirma.
